A União Europeia acordou em apertar as sanções à Rússia e à Bielorrússia. Vai anunciar hoje novas medidas, avança fonte oficial à AFP, visando nomeadamente oligarcas russos e três bancos da Bielorrússia, o que será formalizado rapidamente por procedimento escrito.
Os países da UE aprovaram, esta quarta-feira, novas sanções em resposta à invasão russa da Ucrânia, incluindo acrescentar mais oligarcas e políticos russos à lista negra e desligar três bancos bielorrussos do sistema de comunicação internacional SWIFT - através do qual são processadas a maioria das transações interbancárias internacionais, como ordens de pagamento e transferências.
Para além das novas medidas restritivas, estão também a ser acrescentadas sanções dirigidas ao sector marítimo, a presidência francesa informa na conta oficial do Twitter.
#Ukraine | Approbation par le COREPER II de nouvelles sanctions à l’encontre de dirigeants et oligarques russes et de membres de leurs familles impliqués dans l’agression russe contre l’Ukraine. ⤵️ 1/5 #PFUE2022 pic.twitter.com/SHatb7ZD4z
— Présidence française du Conseil de l’UE 🇫🇷🇪🇺 (@Europe2022FR) March 9, 2022
A União Europeia está a preparar novas sanções individuais contra a Rússia e que visam cerca de 100 pessoas, adiantou o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell.
Em causa estão proibições de viagens e congelamento de bens de 100 personalidades russas. "Os Estados-membros estão a trabalhar num pacote de sanções, que envolvem cerca de 100 pessoas responsáveis em diferentes níveis de gestão", disse Borrell, esperando um acordo "até ao final da sessão de hoje" do Parlamento Europeu, que decorre em Estrasburgo.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 406 mortos e mais de 800 feridos entre a população civil e provocou a fuga de mais de dois milhões de pessoas para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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