Manifestações em Moçambique provocam prejuízos à ferroviária CFM

As manifestações pós-eleitorais provocaram, em cinco meses, prejuízos superiores a 14 milhões de euros à estatal Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), incluindo a vandalização de quatro locomotivas e 14 carruagens, segundo a administração.

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Lusa
13/04/2025 09:13 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Moçambique

A agitação social que se seguiu às eleições gerais de 09 de outubro provocou, nomeadamente, perdas acumuladas de 14,88 milhões de dólares (13,1 milhões de euros) em carga que não foi transportada ou manuseada nos cinco meses de contestação nas ruas, segundo informação do presidente do Conselho de Administração do CFM, Agostinho Langa, consultada hoje pela Lusa.

 

"Aos prejuízos causados pelas manifestações juntou-se a inoperância do sistema ferroviário do Zimbabué, impedindo o transporte de cerca de 1,3 milhão de toneladas previstas no nosso plano", refere Agostinho Langa, na mesma informação.

Além disso, entre outros prejuízos, deixaram de ser transportados, estima a administração do CFM, 563.787 passageiros que habitualmente utilizavam os comboios da empresa, somando ainda 1,86 milhão de dólares (1,6 milhão de euros) de prejuízos em equipamentos e infraestruturas vandalizadas pelos manifestantes, nomeadamente de quatro locomotivas, 14 carruagens, três estações ferroviárias e 1.300 metros de linha ferroviária.

"Apesar dos constrangimentos" de 2024 no Sistema Ferroviário Nacional, Agostinha Langa avançou que foram transportadas cerca de 27,3 milhões de toneladas, um crescimento de 3% relativamente ao período homólogo de 2023.

"Nas linhas operadas pelo CFM, foram transportadas cerca de 12,9 milhões de toneladas líquidas, representando um crescimento de 4% comparativamente a igual período de 2023 e um cumprimento do plano em 84%. Quanto ao transporte de passageiros, foram atingidos pouco mais de 7,1 milhões de passageiros o que corresponde a um crescimento de 2%", avançou o ainda o presidente do Conselho de Administração do CFM.

Garante na mesma informação que está em curso o processso de aquisição de 250 vagões para o transporte de minerais e de 15 locomotivas, três das quais serão recebidas ainda este mês.

O ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane, que não reconhece os resultados das eleições gerais de 09 de outubro, convocou os protestos que, em cinco meses, provocaram cerca de 390 mortos, segundo dados de organizações da sociedade civil, além de saques e destruição de empresas e infraestruturas públicas.

Contudo, em 23 de março, Venâncio Mondlane e Daniel Chapo encontraram-se pela primeira vez e foi assumido o compromisso de cessar a violência no país.

O Governo moçambicano confirmou anteriormente, pelo menos, 80 óbitos, além da destruição de 1.677 estabelecimentos comerciais, 177 escolas e 23 unidades sanitárias durante as manifestações.

Leia Também: Preços em Moçambique com subida ligeira de fevereiro para março

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