Lyle e Erik Menendez foram condenados a prisão perpétua após assassinarem os seus pais, em Berverly Hills, Los Angeles, em 1989. No entanto, na próxima quinta-feira, haverá uma audiência de revisão do caso que poderá determinar uma pena menor para os dois irmãos.
A Sky News escreve que, no ano passado, o procurador de Los Angeles, George Gascon, pediu para que a sentença, sem possibilidade de liberdade condicional, dos irmãos fosse revista para uma pena de 50 anos de prisão. Esta mudança iria permitir que os dois fossem elegíveis a liberdade condicional, uma vez que o crime que ambos cometeram ocorreu antes de terem 26 anos.
No entanto, no mês passado, o sucessor de Gascon, o procurador Nathan Hochman submeteu uma moção para arquivar o processo, afirmando que não havia "razões legítimas" que justificassem uma nova sentença.
Por seu turno, na sexta-feira, dia 11 de abril, um juiz do Tribunal Superior do condado de Los Angeles decidiu que a audiência irá avançar, o que poderá resultar numa pena menor para os dois irmãos. Os dois foram detidos em 1994 e condenados a prisão perpétua em 1996.
"Tudo o que foi dito é absolutamente justo para uma audiência de revisão na próxima quinta-feira", disse o juiz.
Através de videoconferência, Lyle, de 57 anos, e Erik, de 54 anos, assistiram à sessão em tribunal e o advogado de ambos afirmou que era "um bom dia" e que a "justiça venceu à política".
Lyle Menendez, na altura com 21 anos, e Erik Menendez, com 18 anos, admitiram que balearam fatalmente o seu pai, José Menendez, um executivo da indústria de entretenimento, e a sua mãe, Kitty Menendez, na casa de família, em Bervely Hills, em 1989. Os irmãos alegaram temer que os pais estivessem prestes a matá-los para impedir que se descobrisse que José Menendez tinha abusado sexualmente do filho mais novo durante anos.
Os irmãos enfrentaram a justiça duas vezes, tendo o primeiro julgamento terminado com um júri empatado.
Os procuradores da altura alegaram que não havia provas de abuso sexual e muitos detalhes não foram admitidos no segundo julgamento. O gabinete do procurador do Ministério Público também defendeu que os irmãos pretendiam apoderar-se do património multimilionário dos pais.
Em 2024, a Netflix lançou uma série inspirada na história dos irmãos, assim como um documentário, o que os colocou de novo na 'ribalta'.
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