"A Câmara [dos Representantes] e o Senado precisam de se esforçar para que tenhamos mais luz do dia ao final do dia. Muito popular e, mais importante, sem mais acertos de relógio, um enorme inconveniente e um acontecimento muito caro para o nosso Governo", escreveu Trump na sua rede social, Truth Social, numa publicação assinada com as suas iniciais, DJT.
Trump defendeu as alterações na legislação sobre os horários sazonais para poupar energia e ganhar horas de luz nas manhãs de inverno, mas vários membros do Congresso acreditam que as pessoas preferem mais horas de luz do dia à tarde.
O senador republicano Ted Cruz está a liderar a iniciativa no Congresso para manter um fuso horário único durante todo o ano, embora haja divergências sobre o padrão que deve prevalecer: horário de inverno ou de verão.
A Europa, os Estados Unidos e o Canadá compõem as principais regiões que adaptam os horários no verão e no inverno, depois de o México ter decidido interromper a adoção destas alterações em 2022.
Em dezembro, mesmo antes de tomar posse, Donald Trump já tinha pedido a eliminação das mudanças de horário semestrais, mas na ocasião pretendia acabar com o horário de verão, contrariando a opinião maioritária do campo republicano.
Hoje parece ter revertido a sua posição.
Em 2022, os legisladores republicanos já tinham apresentado um projeto de lei para tornar o horário de verão permanente.
A medida, que foi aprovada por unanimidade no Senado (câmara alta do Congresso), mas não passou na outra câmara do Congresso (Câmara dos Representantes), teria terminado com as alterações de horário, o que também significaria o sol a nascer demasiado tarde em alguns estados no inverno.
"Mudar os relógios é um conceito ultrapassado, o que é uma fonte de frustração e confusão", comentou o então senador republicano Marco Rubio, autor do projeto de lei e agora chefe da diplomacia norte-americana, que estabelecia uma relação causal direta entre as mudanças de horário e o aumento dos ataques cardíacos e acidentes de viação
A ideia principal por detrás da mudança de horário era originalmente combinar os horários de atividade com as horas de luz do dia para limitar o uso de iluminação artificial.
Mas os seus detratores criticam os efeitos negativos nos ritmos biológicos, sobretudo nas crianças.
Na Europa, o abandono das alterações da hora foi adotado pelo Parlamento Europeu em 2019, mas a sua implementação tem sido repetidamente adiada desde então.
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