Manifestantes em Budapeste contestam medidas contra a diversidade

Milhares de manifestantes estiveram hoje nas ruas de Budapeste para contestar, de forma jocosa, as recentes medidas do primeiro-ministro, Viktor Orbán, contra a diversidade e os direitos das pessoas LGBTQ+.

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Lusa
12/04/2025 21:29 ‧ há 11 horas por Lusa

Mundo

Hungria

Os manifestantes empunharam cartazes satíricos com 'slogans' como "A semelhança está na moda" e "Censura", visando as políticas nacionalistas do chefe do governo, segundo a agência noticiosa AFP.

 

A manifestação foi convocada pelo Partido Húngaro do Cão de Duas Caudas (MKKP), um movimento de paródia registado como partido político, em resposta à recente proibição legal da Marcha do Orgulho anual, com o argumento de que viola a muito criticada lei húngara de "proteção das crianças".

Aprovada rapidamente pelo parlamento, a lei também permite que as autoridades multem os organizadores ou participantes no evento e utilizem tecnologia de reconhecimento facial para identificar potenciais infratores.

Agitando bandeiras cinzentas, incluindo bandeiras pretas e brancas do arco-íris que apelam a um "Orgulho Cinzento", mais de 10.000 pessoas juntaram-se à marcha de hoje, segundo a AFP.

"Olhem para todas estas pessoas aqui hoje, vestidas de cinzento - uma demonstração perfeita do que é a semelhança", comentou Kata Bicskei, um engenheiro de 53 anos, garantindo que não se quer que "toda a gente seja igual".

Outro manifestante, Tamas Olajos, sublinhou que "o humor revela o absurdo" e que a manifestação era uma "forma de responder a um regime que se leva demasiado a sério".

Desde o regresso de Orban ao poder em 2010 a Hungria aprovou várias leis criticadas internamente e em toda a União Europeia por restringirem os direitos das minorias sexuais e de género no país.

Na segunda-feira, o parlamento húngaro deverá votar uma alteração à Constituição que reforçará a base jurídica para a proibição da Marcha do Orgulho.

As recentes medidas já tinham provocado protestos na Hungria, com milhares de pessoas a bloquear as pontes da capital todas as terças-feiras para exigir a revogação da lei que proíbe a Marcha do Orgulho.

Os organizadores da Marcha do Orgulho garantiram que continuam a planear a realização do evento deste ano, agendado para 28 de junho. Vários eurodeputados anunciaram a sua participação no evento.

Leia Também: Viktor Orbán desvaloriza receios sobre política tarifária norte-americana

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