Seis pessoas de nacional espanhola, incluindo três crianças, morreram, na quinta-feira, na sequência da queda de um helicóptero turístico no rio Hudson, na cidade de Nova Iorque. Além do piloto, de 36 anos, Agustín Escobar, ex-CEO da Siemens Espanha, a sua mulher, Mercè Camprubí Montal, e os seus três filhos, de quatro, oito e 10 anos foram identificados como sendo as vítimas mortais. Mas, afinal, o que se sabe até ao momento?
A família tinha chegado a Nova Iorque naquela manhã, a partir de Barcelona. Escobar já estaria nos Estados Unidos, numa viagem de negócios, segundo o presidente da Câmara Municipal de Nova Jérsia, Steven Fulop, citado pela ABC News.
A família tinha reservado uma visita panorâmica pela cidade de cerca de 15 minutos, que incluía uma passagem pela zona da Estátua da Liberdade e sobre os arranha-céus de Manhattan. O passeio turístico fazia parte das celebrações do 40.º aniversário de Montal.
Além disso, a família morreu um dia antes do aniversário da criança de oito anos, detalhou o autarca de Nova Iorque, Eric Adams.
© Facebook/Bruce Snyder
A comissária da Polícia de Nova Iorque, Jessica Tisch, disse aos jornalistas que quatro dos óbitos foram declarados no local. As duas outras vítimas sucumbiram depois aos ferimentos, complementou.
O helicóptero pertencia a uma empresa de turismo chamada New York Helicopter Tours, que oferece passeios panorâmicos por Nova Iorque a partir do céu. De acordo com o seguimento do radar de voo da aeronave, no momento do acidente o Bell 206 estava no ar há 15 minutos e tinha percorrido seis quilómetros. Estava, além disso, no sexto voo do dia.
O corpo de bombeiros informou que recebeu um alerta para um helicóptero na água pelas 15h17 (20h17 em Lisboa).
Entretanto, esta sexta-feira, as operações de remoção dos destroços prosseguem.
"A hélice foi vista a soltar-se do helicóptero"
De acordo com imagens divulgadas por várias estações de televisão, podia ver-se um helicóptero com a cauda partida no rio.
Nas redes sociais, um utilizador escreveu que "a hélice foi vista a soltar-se do helicóptero e a girar na água". Um outro apontou falhas com o rotor, estava "totalmente" separado da fuselagem, "mas continuava a girar". Uma testemunha, Bruce Wall, disse à Associated Press que a aeronave estava a "desfazer-se" ainda quando estava no ar.
O céu estava nublado na altura do acidente, num dia marcado pelas temperaturas baixas, mas a visibilidade sobre o rio não foi substancialmente prejudicada.
A empresa que operava o helicóptero está em atividade há mais de 30 anos e tem um historial de segurança sólido. Ainda assim, em 2015, um dos seus helicópteros alugados fez uma aterragem forçada em Nova Jérsia, depois de o piloto ter tido problemas em controlá-lo. Já em 2013, um helicóptero com uma família sueca a bordo fez uma aterragem de emergência na água, na sequência de um problema de manutenção.
O helicóptero foi identificado pela Administração Federal de Aviação como um Bell 206, um modelo amplamente utilizado na aviação comercial e governamental, incluindo por empresas de turismo, estações de notícias de TV e departamentos de polícia. Foi inicialmente desenvolvido para o Exército dos EUA antes de ser adaptado para outros usos. Milhares foram fabricados ao longo dos anos.
O Conselho Nacional de Segurança nos Transportes está a investigar.
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