Reunião do g7+ começa para definir caminho em mundo complexo e incerto

A sexta reunião da organização g7+, fundada em Timor-Leste há 15 anos, começou hoje em Díli com o objetivo de refletir sobre o caminho a fazer num mundo mais complexo e incerto.

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Lusa
11/04/2025 09:25 ‧ há 3 dias por Lusa

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Num discurso proferido na cerimónia de abertura da reunião, no Centro de Convenções da capital timorense, a ministra do Planeamento e Desenvolvimento Económico da Serra Leoa, Kenyeh Barlay, destacou que o g7+ conseguiu, nos últimos 15 anos, mudar a "forma como o mundo encara a consolidação da paz, a construção do Estado e a cooperação para o desenvolvimento".

 

"Compreendeu-se que a paz não é apenas um pré-requisito para o desenvolvimento, é o próprio desenvolvimento" e que as soluções para as fragilidades "não vêm de fora, vêm de dentro", salientou a ministra da Serra Leoa, que assume a presidência da organização.

Mas, afirmou Kenyeh Barlay, o trabalho do g7+, que desde 2019 é observador permanente das Nações Unidas, "está longe de concluído".

"Assistimos a uma ordem global fragmentada, marcada por dinâmicas geopolíticas em mutação, conflitos crescentes, desastres climáticos, instabilidade económica e avanços rápidos na inteligência artificial. Os desafios enfrentados pelas nossas nações apenas se multiplicaram", disse.

Para a ministra, mais uma vez os estados afetados por conflitos encontram-se a sofrer as "consequências de crises globais que não começaram, de mudanças climáticas que não causaram, e de transições tecnológicas da quais ainda não beneficiam".

Em resposta aos novos desafios, Kenyeh Barlay defendeu uma maior unidade entre os estados-membros do g7+, sublinhando que a organização continua a ser a voz de 1,5 mil milhões de pessoas.

O g7+ é um fórum no qual os países-membros procuram influenciar o discurso global sobre paz, estabilidade e resiliência, bem como definir ações conjuntas para atingir aqueles objetivos.

A organização intergovernamental foi estabelecida em 10 de abril de 2010, em Díli, e surgiu com a preocupação, partilhada pelos Estados-membros, de que a cooperação tradicional para o desenvolvimento não melhorava a situação das nações frágeis.

Afeganistão, Burundi, República Centro-Africana, Chade, Comores, Costa do Marfim, República Democrática do Congo, Guiné-Conacri, Guiné-Bissau, Haiti, Libéria, Papua-Nova Guiné, São Tomé e Príncipe, Serra Leoa, Ilhas Salomão, Somália, Sudão do Sul, Timor-Leste, Togo e Iémen são os Estados-membros do g7+.

Numa mensagem gravada, divulgada na sessão inaugural do encontro, que termina sábado, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou que a trajetória do g7+ nos últimos 15 anos mostrou que a "solidariedade é uma responsabilidade comum".

"Ao trabalharmos para enfrentar os desafios globais e implementar o Pacto para o Futuro, as vossas vozes serão vitais para reforçar o multilateralismo, prevenir conflitos e construir um futuro de dignidade e desenvolvimento sustentável para todos", afirmou António Guterres.

Leia Também: G7 manifesta "profunda preocupação" com manobras militares junto a Taiwan

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