Uma ucraniana e a sua filha, Polina, que tem um neuroblastoma, conseguiram chegar à Polónia no início desta semana, depois de conseguirem escapar de Kharkiv.
A mãe da criança disse à BBC, quando ainda se encontravam sob o ataque russo, que “estava muito preocupada”. “Nunca sei se devo ficar em casa ou vir para aqui, onde estão imensas pessoas”, explicou.
À semelhança do que está a acontecer com analgésicos, antibióticos e outros bens essenciais, também os medicamentos para o tratamento do cancro da filha, de três anos, estão a esgotar.
A mãe de Polina, Kseniya, decidiu fugir da cidade, que está sob o domínio das tropas russas, e atravessar a fronteira até à Polónia, onde se encontra agora salva, segundo imagens transmitidas pela BBC. Ainda antes de escaparem, Kseniya disse à BBC que não imaginava como é que iam conseguir os medicamentos, tendo em conta o conflito com a Ucrânia. Segundo o Daily Express, os medicamentos chegam de Israel.
“O único problema é que ela às vezes pergunta onde está o pai. E eu não sei o que lhe responder”, explicou Kseniya ao canal de televisão britânico.
Recorde-se que, devido à lei marcial, os homens entre os 18 e 60 anos estarão impedidos de escapar da Ucrânia.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 406 mortos e mais de 800 feridos entre a população civil e provocou a fuga de mais de dois milhões de pessoas para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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