Médicos Sem Fronteiras lamenta bloqueio a ajuda humanitária em Gaza

A organização não-governamental (ONG) Médicos Sem Fronteiras (MSF) voltou hoje a criticar o bloqueio imposto por Israel à ajuda humanitária, referindo que "Gaza se tornou uma vala comum para os palestinianos e aqueles que os ajudam".

Notícia

© Reuters

Lusa
16/04/2025 08:50 ‧ há 5 horas por Lusa

Mundo

Médio Orientes

"Estamos a testemunhar em tempo real a destruição e o deslocação forçada de toda a população de Gaza", disse o coordenador de emergência de MSF em Gaza, Amande Bazerolle.

 

A responsável acredita que a resposta humanitária está "severamente prejudicada pela insegurança contínua e pela escassez crítica".

Para a coordenadora, a série de ataques mortais pelas forças israelitas demonstra "um flagrante desrespeito à segurança dos trabalhadores humanitários e médicos em Gaza".

Esta Organização não Governamental (ONG) diz que 11 funcionários foram mortos desde o início da guerra no estreito território palestiniano.

"Apelamos às autoridades israelitas para que levantem imediatamente o cerco desumano e mortal imposto a Gaza, para proteger as vidas dos palestinianos, bem como as do pessoal humanitário e médico, e para trabalhar com todas as partes para restabelecer e manter um cessar-fogo", continuou a MSF.

Após uma trégua de dois meses, Israel retomou os bombardeamentos aéreos e uma ofensiva terrestre na Faixa de Gaza.

A 18 de março, o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu disse que aumentar a pressão militar era a única maneira de forçar o Hamas a devolver os reféns.

Israel também está impedir a entrada de qualquer ajuda humanitária no território e, de acordo com a MSF, o 'stock' de alimentos, combustível e medicamentos está esgotado.

A MSF está particularmente preocupada com a escassez de medicamentos para o tratamento de dor e doenças crónicas, antibióticos e equipamentos cirúrgicos essenciais. Sem fornecimento de combustível, os hospitais que geram eletricidade para funcionar com geradores não poderão operar ou manter pacientes graves vivos.

"Isto não é uma falha humanitária, mas uma escolha política e um ataque deliberado a um povo, realizado com total impunidade", acusa Bazerolle.

Os bombardeamentos e os combates limitam severamente o que a MSF é capaz de fazer, nomeadamente o objetivo de regressar ao hospital indonésio no norte de Gaza.

A ONG relata que as equipas deveriam ter começado a administrar a ala pediátrica, mas tiveram que fugir do hospital de campanha instalado ao lado do complexo.

As clínicas móveis de MSF no norte de Gaza foram suspensas e, no sul, as equipas não puderam retornar à clínica Al-Shaboura, em Rafah.

Leia Também: Israel mata fotojornalista e família ao bombardear casa em Gaza

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas