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Polónia pede para se "cortar o oxigénio" à economia russa

O primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, que está de visita à Áustria, pediu hoje para se "cortar o oxigénio" da "máquina de guerra" russa, sancionando os oligarcas.

Polónia pede para se "cortar o oxigénio" à economia russa
Notícias ao Minuto

15:11 - 09/03/22 por Lusa

Mundo Ucrânia/Rússia

"A guerra deve perder o seu oxigénio. E qual é o oxigénio para a máquina de guerra de [Vladimir] Putin? Antes de mais, o dinheiro dos oligarcas, petróleo, gás. (...) Por isso, as sanções devem ser reais", defendeu o chefe do Governo polaco, durante uma conferência de imprensa conjunta com o ministro dos Negócios Estrangeiros austríaco, Karl Nehammer.

Morawiecki explicou que discutiu com Nehammer a melhor estratégia para diminuir a capacidade económica da Rússia.

"Temos de sair da nossa zona de conforto. (...) Aqui, em Viena, também temos oligarcas amigos de Putin que usam a sua riqueza para apoiar o Presidente russo, Vladimir Putin", disse o primeiro-ministro polaco.

As importações de gás da Áustria provêm principalmente da Rússia.

Além disso, a Áustria é um país neutro, cujo sigilo bancário, agora levantado, há muito tempo que atrai grandes fortunas de países da ex-URSS.

Vários empresários russos mantêm interesses económicos na Áustria, sobretudo por causa da sua prosperidade económica e da proximidade geográfica.

A empresa construtora austríaca Strabag é parcialmente detida por Oleg Deripaska, fundador da companhia gigante de alumínio Rusal e uma das mais ricas da Rússia.

Os 27 países da União Europeia decidiram hoje ampliar as sanções contra Moscovo e Minsk, como retaliação pela invasão russa da Ucrânia, acrescentando 160 oligarcas e deputados russos à sua lista negra, que agora inclui 862 pessoas.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que, segundo as autoridades de Kiev, já fez mais de 2.000 mortos entre a população civil.

Os ataques provocaram também a fuga de mais de cerca de dois milhões de pessoas para os países vizinhos, de acordo com a ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

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