Ucrânia: França e Países Baixos defendem UE mais forte e soberana

O Presidente francês, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, defenderam hoje em Paris a necessidade de avançar na construção da União Europeia (UE) com "maior independência e soberania estratégica".

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Lusa
09/03/2022 15:47 ‧ 09/03/2022 por Lusa

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Ucrânia/Rússia

O Presidente francês, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, defenderam hoje em Paris a necessidade de avançar na construção da União Europeia (UE) com "maior independência e soberania estratégica".

O encontro dos dois líderes - que já estava previsto antes da invasão russa da Ucrânia - serve como preparação para a cimeira informal de chefes de Estado, que acontecerá na quinta e sexta-feira em Versalhes, nos arredores de Paris.

"A Europa deve agora construir maior independência e soberania estratégica em termos de defesa, tecnologia, clima e energia, com ambições muito fortes", defendeu Macron, que aproveitou a ocasião para condenar mais uma vez a agressão contra a Ucrânia.

O chefe de Estado francês insistiu que tudo será feito para tornar a Europa "uma verdadeira potência geopolítica" e agradeceu à Holanda por reforçar o envio de tropas para a Letónia e para a Eslováquia, no âmbito das operações da NATO.

"Esta Europa, mais soberana, mais independente e mais unida, tanto no clima como na defesa, é a Europa em que acreditamos", concluiu Macron.

Ambos os líderes destacaram o caráter sem precedentes, rápido e de "unidade histórica" com que as sanções contra a Rússia foram tomadas, para tentar travar a agressão russa à Ucrânia, recordando que em Versalhes serão discutidas as consequências que o conflito terá na economia europeia.

Rutte saudou "a velocidade" com que foram implementadas medidas para conter o conflito, "com sanções que já afetam a liderança russa", na medida em que o conflito não é "com o povo russo".

O primeiro-ministro holandês mostrou-se convicto de que os países europeus só estarão realmente seguros se houver uma UE forte e salientou que é importante "trabalhar para a desescalada, mantendo os esforços para dialogar com a Rússia".

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou já a fuga de mais de 2,1 milhões de pessoas para os países vizinhos -- o êxodo mais rápido na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional e muitos países e organizações impuseram sanções à Rússia que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.

A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 14.º dia, provocou um número ainda por determinar de mortos e feridos, que poderá ser da ordem dos milhares, segundo várias fontes.

Embora admitindo que "os números reais são consideravelmente mais elevados", a ONU confirmou hoje a morte de pelo menos 516 civis até terça-feira, incluindo 41 crianças.

Leia Também: Draghi e Macron discutem consequências económicas da guerra para a Europa

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