As declarações de Antony Blinken foram feitas durante uma conferência de imprensa conjunta com a ministra dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, Liz Truss, realizada em Washington.
"No final, estou absolutamente convencido de que Putin [Presidente russo] fracassará e que a Rússia irá sofrer uma derrota estratégica na Ucrânia", afirmou o chefe da diplomacia dos Estados Unidos da América (EUA).
Blinken, que acaba de regressar aos EUA depois de um périplo diplomático pela Europa, incluindo a países com fronteira com a Ucrânia onde se têm concentrado milhares de refugiados ucranianos, sublinhou que a Rússia "já fracassou nos seus principais objetivos".
"A questão agora é saber se o Presidente [Vladimir] Putin decide ou não minimizar os prejuízos que causou a si e ao povo russo", observou.
No entanto, tanto Antony Blinken como Liz Truss, rejeitaram a possibilidade de estabelecer uma zona de exclusão aérea na Ucrânia, tal como tinha solicitado o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, alegando que tal medida poderia levar a um confronto direto entre a NATO e a Rússia.
Segundo explicaram os dois governantes, "o objetivo é que termine a guerra e não que esta se prolongue", defendendo, contudo, a "dureza e a eficácia" das sanções económicas adotadas pelo Ocidente, nomeadamente no veto à importação de petróleo proveniente da Rússia.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou já a fuga de mais de 2,1 milhões de pessoas para os países vizinhos -- o êxodo mais rápido na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional e muitos países e organizações impuseram sanções à Rússia que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.
A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 14.º dia, provocou um número ainda por determinar de mortos e feridos, que poderá ser da ordem dos milhares, segundo várias fontes.
Embora admitindo que "os números reais são consideravelmente mais elevados", a ONU confirmou hoje a morte de pelo menos 516 civis, entre os quais 41 crianças.
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