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Maternidade atacada era unidade militar, diz vice-embaixador russo na ONU

O diplomata diz que as informações sobre um ataque a uma maternidade são "notícias falsas". A posição de Dmitry Polyanskiy alinha-se com a da Embaixada da Rússia em Portugal.

Maternidade atacada era unidade militar, diz vice-embaixador russo na ONU

O vice-embaixador da Rússia na Organização das Nações Unidas (ONU), Dmitry Polyanskiy, afirmou que as notícias sobre um bombardeamento a uma maternidade em Mariupol, no sudeste da Ucrânia, são “notícias falsas” porque o estabelecimento foi transformado numa unidade militar.

Sublinhe-se que o ataque tirou a vida a três pessoas, incluindo uma criança, anunciaram as autoridades daquela cidade portuária. Paralelamente, a Organização Mundial de Saúde (OMS) confirmou 18 ataques a instalações médicas desde que a invasão russa começou há duas semanas.

Numa publicação na rede social Twitter, o diplomata diz que a Rússia avisou dois dias antes do ataque, ocorrido na quarta-feira, que o “hospital foi transformado numa unidade militar por radicais” ucranianos e condena a ONU por “espalhar informações sem verificação”.

“É assim que nascem as notícias falsas. Avisámos no nosso comunicado de 7 de março que este hospital foi transformado numa unidade militar por radicais. É perturbador que a ONU espalhe esta informação sem verificação”, escreveu em reação a uma publicação do secretário-geral da ONU, António Guterres.

António Guterres classifica antes o ataque ao hospital, “onde estão localizadas as maternidades e alas infantil”, como “horrível”. “Os civis estão a pagar o preço mais alto por uma guerra que não tem nada a ver com eles. Esta violência sem sentido deve parar. Terminem o derramamento de sangue agora”, apelou.

A posição de Dmitry Polyanskiy alinha-se com a da Embaixada da Rússia em Portugal, que num comunicado acusou a Ucrânia de estar a "a instalar lançadores múltiplos de mísseis e artilharia nas cortes de edifícios residenciais, hospitais, escolas e creches" algo que é, no entender da embaixada, uma forma do exército utilizar infraestruturas civis e população como "escudos humanos".

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