A Lituânia foi o primeiro país da União Europeia a declarar o estado de emergência devido à invasão russa na Ucrânia, e vai apertar ainda mais as medidas de emergência.
Segundo a Reuters, o país banhado pelo Báltico, que faz parte da NATO e tem acolhido um reforço de tropas e armamento como resposta à invasão russa, vai restringir a liberdade de imprensa para evitar a disseminação de propaganda.
As medidas aprovadas pelo parlamento lituano preveem a suspensão de meios de comunicação pela polícia até 72 horas por "desinformação", "propaganda de guerra" e "incitamento ao ódio".
Estas decisões durarão até dia 20 de abril.
Ingrida Šimonytė, primeira-ministra da Lituânia, disse ao parlamento que "a moção limita a possibilidade de dizer 'Putin é grande' em reuniões públicas", e argumentou que "ninguém no parlamento está interessado" em ver a propaganda russa "envenenar a determinação do povo lituano em ajudar a Ucrânia".
O país faz fronteira com a Bielorrússia, o mais importante aliado de Vladimir Putin e do regime do Kremlin, e tem sido uma das plataformas usadas pela NATO para enviar armas e ajuda à Ucrânia.
A Lituânia era uma das 15 repúblicas soviéticas, tornando-se independente da URSS em 1990. Desde então, o governo de Vilnius virou-se para o Ocidente, entrando na NATO e na União Europeia em 2004.
O apoio do país à Ucrânia foi demonstrado quando o governo da capital lituana mudou a morada da embaixada russa para "Rua dos Heróis Ucranianos", à semelhança do que foi feito em outras capitais europeias no leste europeu.
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