Turquia acredita numa cimeira Putin-Zelensky após reunião de ministros
As conversações hoje entre os ministros dos Negócios Estrangeiros da Rússia e da Ucrânia não resultaram num cessar-fogo, mas ambos prometeram continuar o diálogo, e a Turquia, que acolheu a reunião, acredita numa futura cimeira dos Presidentes dos dois países.
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Mundo Ucrânia/Rússia
Estas foram as primeiras conversações a este nível desde o início da invasão da Ucrânia pela Rússia, em 24 de fevereiro, e a Turquia, mediadora, tem esperança de que seja possível chegar à organização de uma reunião entre os Presidentes russo e ucraniano.
"Ambos os lados estavam presentes e nós desempenhámos um papel facilitador a seu pedido", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Mevlut Çavusoglu, após uma hora e meia de conversações entre Serguei Lavrov e Dmytro Kuleba que descreveu como "não fáceis, mas civilizadas".
"Ninguém esperava um 'milagre' com esta primeira reunião", disse Çavusoglu, que se sentou entre os dois ministros dos países beligerantes numa grande mesa em forma de U, num hotel em Antália, estância balnear turca popular entre turistas russos.
"Mas precisávamos de um começo e se continuarmos neste caminho, juntos podemos alcançar um resultado", salientou, acreditando que será possível a organização de uma cimeira entre o Presidente russo, Vladimir Putin, e o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
"O Sr. Kuleba disse que o Presidente Zelensky estava pronto para isso [e] o Sr. Lavrov que o Presidente Putin não era, à partida, contra", adiantou o chefe da diplomacia turca.
As autoridades de Kiev e Moscovo já se reuniram várias vezes, mas esta foi a primeira vez que a Rússia enviou um ministro para discussões sobre este conflito.
Até agora, as conversações realizadas resultaram em vários cessar-fogos locais e na abertura de corredores humanitários para retirar civis, mas a Rússia foi sempre acusada de violar os acordos.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 549 mortos e mais de 957 feridos entre a população civil e provocou a fuga de mais de 2,3 milhões de pessoas para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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