"As atrocidades (que os russos) cometem contra civis parecem intensificar-se, por isso será certamente apropriado que trabalhemos com os nossos aliados para ponderar novas sanções", declarou a secretária do Tesouro da administração liderada por Joe Biden em entrevista ao jornal The Washington Post.
Yellen considerou que as sanções que já foram adotadas "devastaram" a economia russa.
"Isolámos a Rússia financeiramente. O rublo está em queda livre, a bolsa russa está fechada. A Rússia foi efetivamente excluída do sistema financeiro internacional", afirmou Yellen.
O "tesouro de guerra" da Rússia, ou seja, os 600 mil milhões de dólares de reservas em divisas estrangeiras acumuladas para amortecer o choque, ficou "praticamente impossível de utilizar", sublinhou.
Yellen considerou que a tábua de salvação para a Rússia não virá de Pequim: "as instituições financeiras na China fazem negócios em dólares e em euros e estão preocupadas com o impacto das sanções ou não querem violar as sanções".
Mostram-se "reticentes em fazer negócios com a Rússia", apontou, adiantando que neste momento a China não compensa "de forma significativa" as sanções adotadas.
A ofensiva militar russa na Ucrânia, lançada no dia 24 de fevereiro, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu impondo a Moscovo pesadas sanções.
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