"Já começaram os procedimentos formais", disse o vice-primeiro-ministro e ministro dos Negócios Estrangeiros da Geórgia, David Zalkaliani, aos meios de comunicação locais, considerando que "o processo de integração da Geórgia na União Europeia já é irreversível".
"Agora a UE vai enviar uma grande lista de questões" e "temos de responder a todas em pormenor e depois dar as nossas respostas à Comissão Europeia, após o que a UE tomará uma decisão final sobre os três países -- Geórgia, Ucrânia e Moldova -- que formalizaram o pedido e estatuto de candidato", disse Zalkaliani.
O presidente do Parlamento da Geórgia, Shalva Papuashvili, afirmou que "na sequência da cimeira de Versalhes (que reúne desde quinta-feira os líderes dos 27), a Geórgia, tal como a Ucrânia e a Moldova, teve 'luz verde' para considerar válido o seu pedido de candidato à União Europeia".
"A Geórgia, a Ucrânia e a Moldova tinham anteriormente estabelecido um 'trio associado' no contexto de uma aproximação ativa com a UE no âmbito do programa de parceria oriental", recordou.
O primeiro-ministro georgiano, Irakli Garibashvili, assinou o pedido do seu país para acelerar o estatuto de candidato à adesão em 03 de março.
"Não há alternativa ao futuro europeu para nós. Este é o nosso objetivo estratégico", disse na altura Garibashvili, considerando tratar-se de "um dia histórico".
A Geórgia tinha previsto apresentar a sua candidatura em 2024, mas acabou por antecipar o pedido devido à invasão russa da Ucrânia, que teve início a 24 de fevereiro.
A Ucrânia formalizou o seu pedido de adesão a 28 de fevereiro, também acelerado devido à invasão do país por tropas russas.
A Moldova apresentou formalmente a sua candidatura à UE no mesmo dia que a Geórgia.
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