De acordo com Rebeca Grynspan, secretária-geral da UNCTAD (Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento), num comunicado, "esta crise aumentará as desigualdades em todo o mundo", sobretudo, alertou, "nas economias em desenvolvimento".
Nestes países, já afetados pela pandemia, alterações climáticas e endividamento, as subidas dos preços conduzirão a um "aumento da pressão sobre famílias mais pobres, que são os que gastam quase todos os seus rendimentos com a alimentação, o que resultará em fome e dificuldades", de acordo com a mesma responsável.
"Esta questão deve preocupar-nos muito, porque a estabilidade social e política está muito ligada às subidas de preço dos alimentos", avisou.
Para Grynspan, o conflito deverá também trazer alterações no comércio e nos investimentos a nível global, bem como um retrocesso no uso de energias alternativas, que são chave na luta contra as alterações climáticas, indicou.
"Tudo isto ameaça os avanços conseguidos na recuperação da economia e bloqueiam o caminho para um desenvolvimento sustentável", rematou.
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