Costa defende aprofundamento de acordo de associação da UE com Kyiv
O primeiro-ministro, António Costa, salientou hoje o empenho da União Europeia em aprofundar o acordo de associação com a Ucrânia, reiterando que os processos de adesão à UE "são muito lentos" e é preciso uma resposta urgente.
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"Como todos sabemos, os processos de adesão são muito lentos e, portanto, como disse à entrada, sem prejuízo desse pedido, o que é essencial é termos uma resposta concreta e urgente para as necessidades dos ucranianos", defendeu o chefe de Governo português em Versalhes, na conferência de imprensa após o fim do Conselho Europeu.
O primeiro-ministro voltou a sublinhar a impossibilidade de um procedimento de adesão acelerado da Ucrânia, uma posição assumida hoje também pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, ao recordar que um país em guerra não pode aderir à União Europeia.
"A mensagem é uma mensagem muito forte e muito clara de total empenho do Conselho Europeu de imediatamente avançar em negociações para aprofundar o acordo de associação que atualmente existe, sem prejuízo do pedido de adesão que a Ucrânia, na sua própria liberdade, decidiu apresentar", explicou o líder do executivo português.
Para António Costa, deve agora dar-se esperança aos ucranianos e apoio no combate contra os russos, tendo em vista a reconstrução do país quando o conflito terminar.
"Mesmo quando a guerra acabar, os efeitos da guerra perdurarão", lembrou o primeiro-ministro português.
Os líderes europeus, reunidos em Versalhes, França, concordaram hoje em "aumentar substancialmente as despesas de defesa", com um reforço das capacidades e investimento em tecnologias inovadoras, uma necessidade enfatizada pela operação militar russa em curso na Ucrânia.
A "Declaração de Versalhes", adotada pelos 27 após uma cimeira de dois dias dominada pelas políticas energética e de defesa da UE face à agressão militar da Rússia à Ucrânia, inclui também uma referência ao compromisso de defesa mútua, contemplado no artigo 42.7 do Tratado da UE, particularmente importante para Finlândia e Suécia, dois Estados-membros que não pertencem à NATO e que recentemente foram alvo de ameaças de Moscovo.
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