"O nosso compromisso com o artigo 5.º é firme e absoluto", disse Harris, referindo-se ao artigo do Tratado da NATO que diz que qualquer ataque contra um membro da Aliança será tratado como um ataque contra todos os outros membros.
"Levamos isto muito a sério e estamos preparados para agir", acrescentou a vice-Presidente norte-americana sobre a possibilidade de um ataque russo à Roménia, país que compartilha mais de 650 quilómetros de fronteira com a Ucrânia.
Além disso, a costa da Roménia fica a apenas 500 quilómetros da península da Crimeia, onde o Exército russo tem importantes unidades militares.
Em Bucareste, onde chegou após uma visita a Varsóvia, Kamala Harris deu uma conferência de imprensa conjunta com o Presidente romeno, Klaus Iohannis, que aproveitou a presença da líder norte-americana para enviar uma mensagem de calma à sua população.
O chefe de Estado romeno afirmou que o seu país nunca esteve, em toda a sua história, tão protegido e seguro como agora.
Como prova do envolvimento dos EUA na segurança e defesa da Roménia - que aderiu à NATO em 2004, juntamente com outra ex-nação comunista, a Bulgária -, Harris lembrou o envio, em fevereiro, de mais mil soldados norte-americanos para a base romena de Mihail Kogalniceanu, junto ao Mar Negro, onde se encontram, no total, cerca de 2.000 militares dos EUA.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou já a fuga de mais de 2,5 milhões de pessoas para os países vizinhos -- o êxodo mais rápido na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, e muitos países e organizações impuseram sanções à Rússia que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.
A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 16.º dia, provocou um número ainda por determinar de mortos e feridos, que poderá ser da ordem dos milhares, segundo várias fontes.
A ONU confirmou hoje pelo menos 564 mortos e 982 feridos civis.
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