Ofensiva russa estará concentrada em Kyiv e no leste
As forças russas aumentaram esta sexta-feira a pressão em torno de Kyiv e no leste da Ucrânia, estendendo a sua ofensiva à cidade de Dnipro, no sul.
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A capital ucraniana, juntamente com Mariupol, Kryvy Rig, Kremenchug, Nikopol e Zaporizhzhia, são as principais localidades onde os esforços russos continuam a concentrar-se, segundo dados revelados pelas Forças Armadas ucranianas em comunicado.
"Incapaz de alcançar o sucesso, o inimigo continua os seus ataques com mísseis e bombas nas cidades no interior do território da Ucrânia, Dnipro, Lutsk e Ivano-Frankivsk", pode ler-se.
Até agora poupada pelas forças russas, Dnipro, quarta maior cidade ucraniana, fortemente industrializada e com um milhão de habitantes, está a ser alvo de ataques que já causaram pelo menos um morto, segundo dados da autarquia.
"Ocorreram três ataques aéreos à cidade, a um jardim de infância, um conjunto de apartamentos e uma fábrica de calçado (...) onde ocorreu um incêndio", revelou o serviço de emergência ucraniano sobre os ataques à metrópole às margens do rio Dnieper, que marca a separação entre o leste da Ucrânia, parcialmente pró-russo, e o resto do seu território.
Esta sexta-feira, Dnipro juntou-se às imagens desoladoras que se têm registado em Kharkiv (nordeste) e Mariupol (sudeste), esta última já com 1.582 mortos entre civis na sequência do cerco russo.
Os dados oficiais conhecidos esta sexta-feira apontam também para a morte de quatro soldados ucranianos e seis feridos, na sequência do bombardeamento do aeroporto militar de Lutsk, no noroeste da Ucrânia. Infraestrutura semelhante em Ivano-Frankivsk, no extremo oeste, também foi alvo de ataque.
O Ministério da Defesa russo apontou que estas bases foram "desativadas", num total de 3.200 pontos de infraestruturas militares, 98 aviões, 1.041 tanques e outros veículos blindados ucranianos já destruídos desde o início do conflito.
Fontes também das Forças Armadas da Rússia garantiram esta sexta-feira que avançaram 11 quilómetros para dentro da Ucrânia, nas regiões do sudeste em torno da zona separatista do Donbass.
O porta-voz do Ministério da Defesa também observou que as tropas da autoproclamada República Popular de Donetsk, "com apoio das Forças Armadas russas, foram para as cidades de Novoandreevka, Kirilovka e bloquearam Blagodatnoe", num avanço de oito quilómetros.
Segundo os russos, a cidade de Volnovakha, na região de Mariupol entre a anexada Crimeia e o Donbass, também já está controlada por milícias pró-russas.
No lado do Ocidente, aponta-se para uma desaceleração no progresso dos militares russos, segundo várias fontes militares, mas o Presidente russo, Vladimir Putin, deu luz verde ao envio de combatentes "voluntários", principalmente da Síria.
A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 549 mortos e mais de 950 feridos entre a população civil e provocou a fuga de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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