No apelo, que foi feito após o Angelus, o líder da Igreja Católica condenou também a "barbárie" de matar crianças e civis na Ucrânia.
"Em nome de Deus... parem este massacre", afirmou o papa Francisco, pedindo negociações e a abertura efetiva de corredores humanitários.
"Não há justificação para o ataque de civis", sublinhou.
O papa disse que a cidade de Mariupol, um porto estratégico no sul da Ucrânia localizado no Mar de Azov, "se tornou numa cidade mártir na guerra atroz que está a devastar a Ucrânia".
Esta cidade, cercada há duas semanas, continua a ser atacada pelas forças russas, enquanto os seus habitantes carecem de alimentos, de água, gás, eletricidade e comunicações.
"Diante da barbárie de matar crianças, inocentes, civis indefesos, não há razão estratégica. A inaceitável agressão armada deve simplesmente parar, antes que reduza as cidades a cemitérios", declarou o líder da Igreja Católica.
O papa rezou pela paz, acrescentando que "Deus é apenas um Deus de paz, não um Deus de guerra, e aqueles que apoiam a violência desonram o seu nome".
No domingo passado, já tinha alertado para os "rios de sangue e lágrimas" na Ucrânia, após a invasão russa em 24 de fevereiro e pedido o estabelecimento de corredores humanitários.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 564 mortos e mais de 982 feridos entre a população civil e provocou a fuga de cerca de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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