Separatistas acusam forças ucranianas da morte de 20 pessoas em Donetsk
Os separatistas pró-russos responsabilizaram hoje as forças ucranianas pela morte de 20 pessoas na cidade de Donetsk, no leste da Ucrânia, que dizem ter sido atingidas por fragmentos de um míssil intercetado pela sua defesa aérea.
© Getty Images
Mundo Ucrânia
A defesa territorial de Donetesk publicou fotografias na aplicação de mensagens Telegram em que se veem corpos ensanguentados numa rua do centro da cidade industrial, segundo relato da agência noticiosa francesa AFP.
Os separatistas disseram que as suas defesas aéreas intercetaram um míssil ucraniano, cujos destroços atingiram as vítimas, incluindo crianças.
"As pessoas estavam na fila de uma máquina ATM, havia pessoas numa paragem de transportes públicos. De acordo com relatórios preliminares, 20 pessoas foram mortas e nove sofreram ferimentos. Há crianças entre os mortos", disse o chefe da autoproclamada República Popular de Donetsk, Denis Pushilin, citado pela agência oficial russa TASS.
Pushilin disse ainda que o míssil "transportava uma carga de fragmentação" e que "se não tivesse sido abatido, teria causado muito mais baixas".
Ao ordenar a invasão da Ucrânia, o Presidente russo, Vladimir Putin, alegou tratar-se de uma "operação militar especial" para apoiar as autoproclamadas repúblicas pró-Moscovo de Donetsk e Lugansk, na região do Donbass.
A guerra no Donbass começou em 2014, com apoio russo, e, segundo a ONU, tinha causado mais de 14.000 mortos até 24 de fevereiro, data em que a Rússia iniciou a invasão da Ucrânia.
Os combates na Ucrânia, que entraram hoje no 19.º dia, provocaram milhares de mortos e feridos, mas o número preciso está ainda por determinar.
As informações sobre baixas militares e civis indicadas por cada uma das partes carecem de verificação independente.
A ONU contabilizou cerca de 600 civis mortos e mais de mil feridos até ao fim de semana, mas alertou que o número deverá ser substancialmente superior.
Mais de 2,5 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia para países vizinhos desde a invasão, naquela que já é considerada a pior crise do género na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-45).
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