Na reação às sanções impostas hoje por Moscovo contra o presidente Joe Biden e vários altos responsáveis norte-americanos, o ex-presidente referiu, em comunicado, que estas medidas "horríveis de várias maneiras" devem levar Biden a explicar porque é que a sua família "recebeu 3,5 milhões de dólares da esposa muito rica do ex-presidente da Câmara de Moscovo".
Esta acusação de Trump não é nova, pois já a tinha mencionado durante um debate presidencial com Joe Biden, antes das eleições de 2020 nos EUA, noticia a agência EFE.
Também já tinha circulado um relatório apresentado por senadores republicanos que apontava que Hunter Biden, filho do atual Presidente norte-americano, tinha recebido 3,5 milhões de dólares (cerca de 3,2 milhões de euros) da mulher do então autarca de Moscovo, Yuri Luzkhov, em 2014.
Sem apresentar mais dados sobre esta acusação, o magnata republicano apontou que esta informação pode ser a explicação para, no seu entender, a "resposta lenta" que Biden teve em relação à crise ucraniana e que levou à invasão da Ucrânia pela Rússia.
"Talvez seja por isso que Biden tenha sido tão lento em agir com a Rússia. Este é um conflito de interesses muito mau que, talvez agora, será totalmente e finalmente revelado", acrescentou o ex-presidente, que ainda não revelou se irá concorrer novamente nas eleições presidenciais de 2024, provavelmente contra Biden.
A Rússia anunciou hoje sanções contra o Presidente Joe Biden e vários altos responsáveis norte-americanos, entre os quais o chefe da diplomacia, Antony Blinken, em resposta às medidas punitivas de Washington contra Moscovo relacionadas com a Ucrânia.
No total, 13 personalidades norte-americanas são alvo das sanções, cuja natureza não foi especificada.
Estas incluem o filho de Joe Biden, Hunter Biden, e ainda a ex-secretária de Estado e ex-candidata presidencial democrata, Hillary Clinton.
Também o Presidente do Canadá, Justin Trudeau, foi alvo das sanções moscovitas.
Esta medida "é a consequência inevitável do curso extremamente russofóbico seguido pelo atual Governo americano", indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia em comunicado.
Os Estados Unidos já minimizaram a importância das sanções porque, segundo a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, nenhum dos incluídos na lista têm planos de realizar "viagens turísticas" à Rússia e não há "contas bancárias que ficam impedidas de aceder".
A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 691 mortos e mais de 1.140 feridos, incluindo algumas dezenas de crianças, e provocou a fuga de cerca de 4,8 milhões de pessoas, entre as quais três milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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