"Não haverá pessoal da NATO fora do território. Não haverá soldados da NATO na Ucrânia", disse o porta-voz do governo alemão Steffen Hebestreit, referindo a posição que o chanceler, Olaf Scholz, já expressou noutras ocasiões.
"Não seria possível diferenciar entre o que é uma missão de resgate, humanitária, e o que é uma missão de combate", argumentou o porta-voz, para justificar a posição do Governo alemão.
O Presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, manifestou hoje apoio ao envio de tropas de paz para a Ucrânia, em sintonia com a proposta avançada na terça-feira pela Polónia, com o objetivo de garantir corredores humanitários.
"Devemos estar abertos a essas propostas, mesmo que pareçam difíceis à primeira vista", disse Nauseda, que se dispôs a organizar uma nova visita de líderes ocidentais à Ucrânia, como a realizada pelos primeiros-ministros da Polónia, República Checa e Eslováquia, que na terça-feira viajaram até Kiev para demonstrar solidariedade ao Presidente Volodymyr Zelensky
Desde o início da guerra na Ucrânia, o Governo alemão rejeitou qualquer intervenção que possa ser interpretada pela Rússia como um ato de agressão, embora tenha alterado radicalmente a sua política tradicional de não fornecer armas a países em conflito, tendo apoiado militarmente Kiev.
A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 691 mortos e mais de 1.140 feridos, incluindo algumas dezenas de crianças, e provocou a fuga de cerca de 4,8 milhões de pessoas, entre as quais três milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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