Em comunicado, a OMS diz que este ano já foram detetados casos de febre de Lassa em 21 dos 36 estados da Nigéria e no território da capital federal.
A febre de Lassa é uma doença viral hemorrágica endémica na África ocidental, que é transmitida aos seres humanos através de contacto com alimentos ou objetos contaminados com urina ou fezes de roedores e tem uma taxa de mortalidade de 1%.
A transmissão entre humanos ocorre através do contacto com fluidos corporais de pessoas infetadas.
Embora endémica na Nigéria, com um aumento de casos durante a época seca, entre novembro e maio, a doença está a registar um número "muito mais elevado de casos" este ano do que em épocas anteriores, segundo a OMS, que atribui este fenómeno a uma capacidade de vigilância e testagem reduzida.
Para responder a este surto, os centros de controlo de doenças da Nigéria, juntamente com a OMS e outros parceiros, ativaram um Centro de Operações de Emergência para coordenar as respostas a todos os níveis, diz o comunicado.
A OMS também mobilizou especialistas para intervir na investigação, rastreamento de contactos, comunicação de risco, estando em curso planos para reforçar os esforços e ajudar a Nigéria a controlar o surto, acrescenta.
A organização destaca também o número de casos e mortes entre profissionais de saúde, o que se deve em parte à falta de medidas adequadas de prevenção e controlo nas unidades de saúde.
A OMS tem fornecido equipamento de proteção pessoal para os profissionais de saúde, máscaras, protetores faciais, desinfetantes para as mãos e sacos de lixo como parte do seu apoio no combate à doença, pode ler-se no comunicado.
Até 27 de fevereiro de 2022, 73% dos casos foram registados em três estados - Ondo, Edo e Bauchi.
Outros estados afetados são Benue, Taraba, Kogi, Oyo, Ebonyi, Kaduna, Plateau, Cross River, Katsina, Plateau, Nasarawa, Gombe, Kogi, Enugu e Delta.
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