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"Coragem". Europa quer nomear Zelensky e povo ucraniano a Nobel da Paz

Altas figuras de vários países da Europa consideram que "está na hora de mostrar ao povo da Ucrânia que o mundo está do seu lado".

"Coragem". Europa quer nomear Zelensky e povo ucraniano a Nobel da Paz

Vários antigos e atuais membros do Parlamento Europeu e do governo de diversos países da Europa apelaram ao Comité do Prémio Nobel que seja “reaberto”, até 31 de março, o processo de nomeação ao Prémio Nobel da Paz. O objetivo é permitir a nomeação do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e da população ucraniana pela “sua coragem” em “resistir à guerra travada contra si pela Federação Russa.”

Num comunicado, datado de 11 de março e assinado por altas figuras de países como o Reino Unido, Países Baixos, Estónia e Alemanha, é frisado que “o mundo está chocado com as imagens de guerra vindas da Ucrânia” e que “milhões de pessoas vivem agora com medo, com as suas casas e meios de subsistência ameaçados por bombardeamentos e um exército invasor”. “Somos testemunhas da coragem do povo da Ucrânia em resistir a esta guerra travada contra eles pela Federação Russa”, sublinham os 36 signatários. 

Mulheres e homens ucranianos “lutam para preservar a democracia e um governo independente” e o “democraticamente eleito Volodymyr Zelensky” passou de presidente a “um homem com lágrimas nos olhos que teve de dizer adeus à sua família para lutar pelo seu país”. 

No apelo, as altas figuras do quadro europeu reconhecem que “as palavras de simpatia e o apoio dificilmente podem fazer justiça aos sacrifícios” que o povo ucraniano “faz pelos princípios dos direitos humanos e da paz”. Mas, “agora está na hora de mostrar ao povo da Ucrânia que o mundo está do seu lado”

“Por isso, pedimos humildemente que o Comité considere estender e reabrir o procedimento de nomeação ao Prémio Nobel da Paz até 31 de março para 2022 para permitir uma nomeação ao Prémio Nobel da Paz para o presidente Zelensky e o povo da Ucrânia”, apela.

Os signatários, apesar de reconhecerem que se trata de “uma rutura com o procedimento”, acreditam que tal “rutura é justificada pela atual situação sem precedentes”. “É o nosso dever democrático enfrentar o autoritarismo e apoiar um povo que luta pela democracia e pelo seu direito ao autogoverno”, frisam. 

Esta não é a primeira vez que Zelensky é apontado como nomeado ao Prémio Nobel da Paz. A 26 de fevereiro, apenas quatro dias após o início da invasão russa, o parlamentar de direita populista norueguês Christian Tybring-Gjedde afirmou que pretendia nomear o presidente para o Nobel, concedido em Oslo.

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