"Todas as expulsões infundadas de diplomatas russos vão ser objeto de uma resposta correspondente", escreveu a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, na rede social Telegram.
Os três Estados bálticos da Letónia, Estónia e Lituânia expulsaram hoje 10 diplomatas, numa ação aparentemente coordenada para expressar solidariedade com a Ucrânia.
A Estónia e Letónia expulsaram cada uma três diplomatas, enquanto a Lituânia declarou quatro funcionários da embaixada russa na capital, Vilnius, "personas non grata".
A redação semelhante dos três anúncios sugeriu que os russos expulsos trabalharam para os serviços de inteligência de Moscovo e que estes serviços foram cúmplices na planificação da "operação militar especial" russa na Ucrânia.
Os três países viram-se afetados pela situação em Kiev, em particular com a chegada de dezenas de milhares de refugiados da antiga república soviética.
Ainda hoje, a Bulgária também anunciou a expulsão de 10 diplomatas russos, segundo confirmou a embaixada russa nesse país, por "atividades incompatíveis com a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas", justificação frequentemente usada para acusar a deteção de atos de espionagem.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 780 mortos e 1.252 feridos, incluindo algumas dezenas de crianças, e provocou a fuga de cerca de 5,2 milhões de pessoas, entre as quais mais de 3,1 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.