Os três funcionários da TOLO TV tinham sido retirados da estação na quinta-feira à noite, de acordo com Khpalwak Sapai, chefe do departamento de TOLONews, e outro dos detidos.
Sapai disse mais tarde que ele e Nafay Khaleeq, consultor jurídico da estação, foram libertados horas depois, na quinta-feira, enquanto o jornalista Bahram Aman, ficou detido durante a noite e libertado ao fim do dia de hoje.
A Moby Group, empresa de media proprietária da TOLO TV, disse que as detenções foram resultado da reportagem da emissora "sobre a proibição da série de drama estrangeira", uma decisão tomada pelo Ministério para a Propagação da Virtude e Prevenção do Vício, criado pelos Talibã, após a tomada do poder em agosto de 2021.
A TOLO TV é uma empresa de media de propriedade afegã com interesses na Ásia Central, bem como no Médio Oriente e em África.
A Organização das Nações Unidas e o Comité de Proteção dos Jornalistas repudiou as detenções e exigiu aos Talibã que parem de assediar os jornalistas afegãos e de reprimir a sua liberdade de expressão através de ameaças, detenções e intimidação.
Desde que retomaram o poder em agosto passado, os Talibã têm dado sinais erráticos sobre como será o cenário dos media sob o seu governo, com jornalistas internacionais às vezes a serem bem-vindos, e os afegãos frequentemente atacados.
O número de jornalistas no Afeganistão reduziu-me muito, pois 6.400 perderam os seus postos de trabalho, muitos saíram do país, e os que ficaram têm medo do que ainda está para vir.
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