O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, alertou hoje para as consequências da guerra na Ucrânia, apelando a que se evite o colapso do sistema alimentar global.
"A guerra na Ucrânia já está a interromper as cadeias de distribuição e a fazer os preços dos combustíveis, alimentos e transporte dispararem", escreveu o líder das Nações Unidas, numa publicação no Twitter.
Na mesma rede social, António Guterres afirmou que "devemos fazer todos os possíveis para evitar um furacão de fome e um colapso do sistema alimentar global".
The war in Ukraine is already disrupting supply chains and causing the prices of fuel, food and transport to skyrocket.
— António Guterres (@antonioguterres) March 19, 2022
We must do everything possible to avert a hurricane of hunger and a meltdown of the global food system.
O responsável das Nações Unidas acrescentou, numa outra publicação, também divulgada hoje, que "o sistema financeiro global foi projetado pelos ricos e poderosos para beneficiar os ricos e poderosos".
"Na sua lógica cruel sustenta as desigualdades, ao invés de fomentar o desenvolvimento. Todos os países merecem condições equitativas para libertar o potencial humano e construir economias fortes", sublinhou.
The global financial system was designed by the rich & powerful to benefit the rich & powerful.
— António Guterres (@antonioguterres) March 19, 2022
Its cruel logic sustains inequalities, rather than fostering development.
Every country deserves a level playing field to unlock its human potential & build strong economies.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 816 mortos e 1.333 feridos entre a população civil, incluindo mais de 130 crianças, e provocou a fuga de cerca de 5,2 milhões de pessoas, entre as quais mais de 3,2 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.
Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
Leia Também: Autoridades receiam elevado número de vítimas em ataque russo a quartel