Habitantes de Mariupol estão a ser obrigados a ir para a Rússia
O autarca da cidade de Mariupol revela que "vários milhares" de habitantes "foram levados para território russo" contra a sua vontade. "É difícil imaginar que no século XXI as pessoas ainda possam ser levadas à força para outro país", frisa.
© Stringer/Anadolu Agency via Getty Images
Mundo Guerra na Ucrânia
Os habitantes da cidade portuária de Mariupol, no sudeste da Ucrânia, estão a ser levados para a Rússia pelas tropas russas contra a sua vontade. A informação é avançada pela CNN Internacional, que cita um comunicado da autarquia de Mariupol.
“Na semana passada, vários milhares de habitantes de Mariupol foram levados para território russo. Os invasores levaram ilegalmente pessoas do distrito de Livoberezhny e de um abrigo de um prédio do clube desportivo, onde mais de mil pessoas - principalmente mulheres e crianças - se escondiam dos bombardeamentos constantes”, lê-se.
Segundo a autarquia, os habitantes foram levados para “campos” onde as tropas russas verificaram os telemóveis e os documentos. Depois foram “redirecionados” para território russo.
“O que os invasores estão a fazer hoje é familiar para as gerações mais velhas, que viram os eventos horríveis da Segunda Guerra Mundial, quando os nazis capturaram pessoas à força”, afirma o autarca de Mariupol, Vadym Boichencko, citado na nota. “É difícil imaginar que no século XXI as pessoas ainda possam ser levadas à força para outro país.”
A cidade de Mariupol encontra-se cercada por tropas russas há cerca de duas semanas. Na sexta-feira, a Organização das Nações Unidas (ONU) alertou que as reservas de água e alimentos na região estão a esgotar-se e praticamente nenhuma ajuda humanitária foi autorizada a entrar na área.
Assinala-se hoje o 24.º desde o início da invasão russa da Ucrânia. Segundo dados confirmados pela Organização das Nações Unidas (ONU), pelo menos 847 mortos e 1.399 feridos entre a população civil, incluindo mais de 140 crianças, até ao final do dia de sexta-feira. Há ainda mais de 3,3 milhões de refugiados que fugiram para os países vizinhos.
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