Casas de críticos de Putin vandalizadas com a letra Z

O aviso "não vendas a tua pátria, c***a", acompanhado da letra Z, foi escrito na porta de uma ativista russa, enquanto uma jornalista foi chamada de "traidora" por defensores de Putin.

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Notícias ao Minuto
21/03/2022 07:42 ‧ 21/03/2022 por Notícias ao Minuto

Mundo

Ucrânia/Rússia

Vândalos estão a grafitar a letra 'Z' nas portas dos russos que criticaram a guerra levada a cabo por Vladimir Putin.

A letra tornou-se sinónimo das forças do Kremlin depois de soldados a terem pintado nos seus veículos blindados na Ucrânia.

Cidadãos pró-Putin grafitaram o símbolo na porta do apartamento da jornalista russa Anna Loiko, juntamente com um aviso de que ela era uma 'traidora'. Também a porta de uma ativista foi pulverizada com as palavras "não venda a sua pátria, c***a".

A vandalização acontece depois de Putin ter mencionado 'traidores' num discurso polémico no início desta semana.

A jornalista - que trabalha para o site de notícias da oposição SOTA - disse à BBC: "Eles veem pessoas como eu como uma parte inútil da sociedade".

"A polícia e os deputados chamam-nos parasitas e oportunistas que trabalham contra o país. E eu sou chamada de traidora, claro, como escreveram na minha porta, como se eu não quisesse que a Rússia ganhasse. Mas eu simplesmente não quero que o nosso país esteja a lutar", disse. 

A porta da ativista Olga Misik também foi pintada com o aviso "não venda a sua pátria, c***a". 

Também a casa do ativista Dmitry Ivanov foi alvo de vandalismo. "Esta é a mensagem que me foi deixada por 'defensores da pátria' anónimos", escreveu no Telegram, citado pelo Mirror

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 902 mortos e 1.459 feridos entre a população civil, incluindo mais de 170 crianças, e provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, entre as quais mais de 3,3 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.

Desde então, dezenas de milhares de pessoas estão a deixar a Rússia, mesmo com poucas rotas para fora do país, com as sansões a deixar os russos com poucas soluções. 

Leia Também: Ucrânia. Autoridades comunicam fuga de amoníaco numa central química

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