Suécia vai enviar segundo carregamento com 5.000 lança-foguetes

A Suécia vai enviar um segundo carregamento de armas para a Ucrânia, contribuindo com mais 5.000 lança-foguetes, depois de já ter autorizado uma primeira entrega histórica no valor de 37,7 milhões de euros, divulgou hoje o governo sueco.

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Lusa
23/03/2022 20:22 ‧ 23/03/2022 por Lusa

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Ucrânia

"A Suécia vai dobrar a sua contribuição para as Forças Armadas da Ucrânia, com mais 5.000 lança-foguetes e equipamentos de remoção de minas. Uma nova decisão histórica", salientou a ministra dos Negócios Estrangeiros sueca, Ann Linde, através da rede social Twitter.

Também o ministro da Defesa, Peter Hultqvist, confirmou este novo apoio a Kiev, destacando que é "extremamente importante continuar a apoiar ativamente a Ucrânia", segundo noticiou a agência de notícias sueca TT.

A aprovação formal da decisão tomada pelo comité de finanças do Riksdag (parlamento sueco) deve ocorrer em breve, notícia a agência EFE.

O primeiro envio de armas, aprovado no final de fevereiro, rompeu com a tradição de neutralidade do país nórdico, que não é membro da NATO, de não enviar armas para países em conflito.

A Suécia mantinha ininterruptamente esta postura desde a invasão soviética da Finlândia, em 1939.

A pedido de Kiev, a Suécia enviou para a Ucrânia 5.000 lança-foguetes e equipamentos no valor de cerca de 38 milhões de euros no início do mês.

O Governo sueco anunciou recentemente a intenção de aumentar os gastos militares anuais para 2% do seu Produto Interno Bruto o mais rapidamente possível e de incorporar mais jovens no serviço militar, que restabeleceu em 2017.

A Suécia e a Finlândia precisaram hoje que a sua política de segurança e defesa não significa serem "países neutrais", estando a estudar a possibilidade de integrarem ou reforçarem a colaboração com a NATO.

Asseguraram também que estão dispostos a ajudar os países vizinhos: "Se acontecer alguma coisa aos nossos vizinhos, estamos aqui para ajudar e, se nos acontecer alguma coisa, esperamos que nos ajudem".

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 977 mortos, dos quais 81 crianças e 1.594 feridos entre a população civil, incluindo 108 menores, e provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, entre as quais 3,60 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.

Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Coreia do Norte dispara lança-foguetes no mar Amarelo

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