"O Ministério das Infraestruturas propõe à UE o bloqueio total das ligações terrestres e marítimas com a Rússia e a Bielorrússia", solicitou o organismo ucraniano numa publicação na rede social Telegram.
Estas "medidas são necessárias" para "travar o fornecimento ao país agressor de bens de dupla finalidade, que podem ser usados para fins militares".
O ministério ucraniano também pediu aos 27 que "bloqueiem o transporte de mercadorias e pessoas" para a Rússia e a Bielorrússia "através do território da UE e através das suas fronteiras", especificando que enviaram" um "pedido oficial à Comissão Europeia (CE)".
O enceramento das fronteiras entre a UE com a Rússia e a Bielorrússia seria um reforço das restrições já impostas pelo ocidente desde o início do conflito russo-ucraniano há um mês.
De acordo com Kiev, isso "aumentaria a pressão económica" sobre Moscovo e Minsk, já que "empresas russas encontram maneiras de contornar" as múltiplas sanções económicas impostas pela UE.
A Rússia lançou, na madrugada de 24 de fevereiro, uma ofensiva militar na Ucrânia que causou, entre a população civil, mais de 1.000 mortos, incluindo 90 crianças, e mais de 1.500 feridos, dos quais 118 são menores.
O conflito também provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, entre as quais 3,7 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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