"No decurso da operação militar especial, foram mortos 1.351 militares e 3.825 feridos", declarou em conferência de imprensa o adjunto do chefe de Estado-Maior das Forças Armadas, Serguei Rudskoi.
Este número divulgado pelo estado-maior russo é quase três vezes superior ao emitido pelo Ministério da Defesa em 02 de março, quando se referiu a 498 baixas. Por seu lado, Kiev tem-se referido a perdas muito mais pesadas nas fileiras do exército russo.
Rudskoi também considerou um "grave erro" a entrega de armas a Kiev pelos países ocidentais. "Vai prolongar o conflito, aumentar o número de vítimas e não terá qualquer influência no desfecho da operação", declarou.
Em simultâneo, acrescentou que a Rússia "responderá em consequência" caso a NATO decida pôr em prática uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia, que Kiev solicita sem sucesso desde há semanas.
Por sua vez, a Rússia acolheu 419.736 refugiados da Ucrânia desde o início da operação, revelou Mikhail Mizintsev, diretor do Centro nacional russo de gestão da defesa, no decurso da mesma reunião com os ´media'.
"O exército russo vai prosseguir esta operação militar especial até que todos os objetivos sejam atingidos", assegurou ainda o porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konachenkov.
A Rússia lançou, na madrugada de 24 de fevereiro, uma ofensiva militar na Ucrânia que causou, entre a população civil, mais de 1.000 mortos, incluindo 90 crianças, e mais de 1.500 feridos, dos quais 118 são menores.
O conflito também provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, entre as quais 3,7 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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