"Os 123 passageiros e nove membros da tripulação do voo MU5735 da companhia China Eastern morreram a bordo em 21 de março", noticiou a CCTV, citando o diretor-geral adjunto da administração da aviação civil, Hu Zhenjiang.
O Boeing 737-800 caiu na segunda-feira, numa encosta arborizada, perto da cidade de Wuzhou, no sul da província de Guangxi, cerca de uma hora depois de o avião partir de Kunming, capital da província vizinha de Yunnan.
Já hoje, as autoridades da aviação civil anunciaram ter identificado 120 das 132 pessoas que seguiam a bordo e adiantaram que o trabalho de recuperação continua.
Segundo o diretor dos Bombeiros da região, um laboratório de física e química examinou 41 das 66 amostras recolhidas no local do acidente e não localizou vestígios de explosivos.
O acidente, em que o avião desceu rapidamente de uma altitude superior a 8.000 metros, é considerado muito pouco comum.
O avião pareceu corrigir o seu rumo brevemente durante a descida, mas de seguida despenhou-se contra um bosque.
Segundo as autoridades, foram realizadas várias tentativas de contactar a tripulação, mas não houve resposta.
Cerca de três minutos após o início da descida, o sinal desapareceu.
O voo MU5735 fazia a ligação entre Kunming (sudoeste) e Guangzhou (sul) quando caiu, cerca de uma hora depois de partir de Kunming, capital da província vizinha de Yunnan.
A companhia aérea China Eastern, que operava o voo, é uma das quatro principais transportadoras chinesas, juntamente com a Air China, a China Southern Airlines e o grupo HNA.
Fundada em 1995, a empresa China Eastern tem sede no Aeroporto Internacional de Pudong, em Xangai.
Desde 2010 que a China, um dos três principais mercados de aviação civil do mundo, não registava qualquer acidente aéreo com mais de cinco mortes.
Em 24 de agosto de 2010, um Embraer ERJ 190-100, operado pela Henan Airlines e com 96 pessoas a bordo, despenhou-se quando se preparava para aterrar em Yichun, no nordeste do país.
No acidente e no incêndio que deflagrou morreram 44 pessoas, enquanto 52 sobreviveram. Os investigadores atribuíram o acidente a um erro do piloto, que estava a aterrar à noite, com visibilidade reduzida.
A segurança da indústria no país asiático melhorou bastante depois da ocorrência de uma série de acidentes mortais nas décadas de 1990 e 2000.
As Forças Armadas chinesas sofreram alguns acidentes fatais, mas há pouca informação disponível.
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