Rússia anuncia destruição do depósito de mísseis ucraniano perto de Kyiv
As forças armadas russas destruíram um depósito de mísseis ucraniano perto de Kyiv com armas de longo alcance lançadas a partir do mar, disse hoje o Ministério da Defesa russo.
© Lusa
Mundo Ucrânia/Rússia
O porta-voz do Ministério da Defesa, Igor Konashenkov, afirmou no comunicado militar da manhã que o depósito de mísseis para os sistemas de mísseis antiaéreos S-300 e Buk foi destruído na cidade de Plesetskoye, a 30 quilómetros a sudoeste da capital ucraniana.
O exército russo também confirmou que no sábado atacou com mísseis de longo alcance uma grande base de combustível em Lviv, que abastecia as tropas ucranianas nas regiões ocidentais e as que estavam posicionadas perto de Kyiv.
"Além disso, mísseis de cruzeiro de alta precisão destruíram as oficinas da fábrica de reparação de rádio em Lviv", disse.
No sábado, acrescentou, a aviação operacional e militar russa atingiu 67 instalações militares ucranianas e durante a noite, os sistemas russos de defesa aérea também destruíram 18 drones.
Segundo a Rússia, desde o início do que chama uma "operação militar especial", as suas forças destruíram 289 drones, 1.656 tanques e outros veículos de combate blindados, 169 lança-foguetes múltiplos, 684 peças de artilharia de campo e morteiros, assim como 1.503 unidades de veículos militares especiais. EFE
Entretanto, as autoridades ucranianas lamentaram hoje a falta do que descreveram como "uma reação séria" do Ocidente aos ataques de sábado em Lviv, na Ucrânia ocidental, que coincidiram com uma visita à vizinha Polónia do Presidente dos EUA, Joe Biden.
"Muitas pessoas viram uma ligação entre estes ataques e a visita de Biden a Rzeszów", disse no Facebook um porta-voz da presidência ucraniana.
A fonte presidencial referia-se à presença do Presidente dos EUA na cidade polaca na sexta-feira, onde visitou as tropas norte-americanas estacionadas perto da fronteira ucraniana.
"Os mísseis caíram a 150 quilómetros de Rzeszow", disse a fonte presidencial, acrescentando que para a Nato "é claro que é melhor manter o inimigo em território ucraniano, mesmo que os mísseis estejam a cair cada vez mais perto" do território da Aliança.
Os ataques a Lviv ocorreram no sábado, último dia de Biden na Polónia, onde disse que o Presidente Vladimir Putin "não pode permanecer no poder", uma frase que a Casa Branca esclareceu mais tarde não significava que o presidente pretendia uma "mudança de regime" na Rússia.
Num discurso do Palácio Real em Varsóvia, Biden também avisou o líder do Kremlin de que não deve entrar "nem um centímetro" no território da Nato.
Kiev tem apelado para a intervenção direta da Nato, mas a Nato como um todo rejeita porque isso significaria tornar-se uma "parte" no conflito.
"Os nossos amigos mais próximos são a Lituânia, a Polónia, o Reino Unido e os Estados Unidos da América. A assistência que recebemos são acordos bilaterais, mas pode esperar-se mais da Nato", disse a fonte presidencial.
Lviv, considerada a capital da parte ocidental do país, está a cerca de 80 quilómetros da fronteira com a Polónia e acolhe grande parte do afluxo de refugiados que tentam abandonar o país.
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