Kyiv diz que 17.000 soldados russos já foram mortos ou feridos na guerra

O Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia avançou hoje, através de um comunicado, que cerca de 17.000 soldados russos foram mortos ou ficaram feridos desde o início da ofensiva militar russa, sem clarificar o número total de óbitos.

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Lusa
28/03/2022 12:59 ‧ 28/03/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

Entre 24 de fevereiro e 28 de março, as tropas russas perderam 586 tanques, 1.694 veículos blindados de combate, 302 sistemas de artilharia, 95 sistemas de foguetes de lançamento múltiplo (MLRS) e 54 sistemas de defesa aérea, segundo a mesma nota informativa publicada pelas autoridades militares ucranianas na rede social Facebook e citada pela agência de notícias da Ucrânia Ukrinform.

Kiev indicou ainda que as tropas russas também perderam 123 aviões, 127 helicópteros, 1.150 veículos, sete navios, 73 tanques de combustível, 66 aparelhos aéreos não tripulados táticos operacionais, 21 equipamentos especiais e quatro lançadores de mísseis.

O comunicado das Forças Armadas ucranianas acrescentou que os dados estão a ser atualizados, indicando, porém, que a recolha destas informações é difícil devido "à alta intensidade das hostilidades".

Na sexta-feira, o Estado-Maior do Exército russo afirmou que 1.351 soldados russos foram mortos e 3.825 feridos desde o início da designada, segundo Moscovo, "operação militar especial" na Ucrânia.

A NATO estimou na quarta-feira que entre sete mil e 15.000 soldados russos foram mortos em quatro semanas de guerra na Ucrânia.

A título de comparação, a Rússia perdeu cerca de 15.000 soldados ao longo de dez anos no Afeganistão.

Um responsável militar da NATO disse na altura que a estimativa era baseada em informações das autoridades ucranianas, no que a Rússia divulgou, intencionalmente ou não, e em dados recolhidos a partir de fontes abertas, acessíveis ao público em geral.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.119 civis, incluindo 139 crianças, e feriu 1.790, entre os quais 200 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra provocou a fuga de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 3,8 milhões de refugiados em países vizinhos e quase 6,5 milhões de deslocados internos.

A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Até três anos de prisão para quem usar 'Z' em apoio à invasão russa

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