Rei da Jordânia refirma apoio do seu país à causa palestiniana
O Rei da Jordânia, Abdullah II, reafirmou hoje o apoio do seu país à causa palestiniana, num encontro com o Presidente da Palestina, Mahmoud Abbas, durante uma visita à Cisjordânia ocupada.
© Reuters
Mundo Jordânia
No mesmo dia em que líderes de vários países árabes se reúnem com Israel e com os Estados Unidos na chamada Cimeira de Negev, Abdullah, acompanhado pelo filho e príncipe herdeiro, Al Hussein bin Abdullah, assegurou a Abbas que "a Jordânia sempre estará com os palestinianos", de acordo com uma mensagem da Casa Real da Jordânia na rede social Twitter.
O Rei da Jordânia também disse a Abbas que "a região não poderá desfrutar de segurança e estabilidade sem uma solução justa e abrangente para o problema palestiniano, baseada na solução de dois estados que garanta o estabelecimento de um estado palestiniano independente, ao longo das fronteiras de 1967, com Jerusalém Oriental como sua capital".
Esta é a primeira visita do monarca da Jordânia à Cisjordânia em quase cinco anos e ocorre no mesmo dia em que Egito, Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Marrocos se reuniram com Israel e com os EUA numa cimeira na cidade israelita de Sde Boker, no sul do país.
Neste encontro, os países árabes expressaram a vontade de fortalecer ainda mais os laços com Israel, unindo-se contra o Irão e sublinhando a necessidade de resolver o conflito israelo-palestiniano.
Contudo, o primeiro-ministro palestiniano, Mohamed Shayeh, representando a posição da Autoridade Nacional da Palestina, já criticou esta iniciativa, descrevendo a cimeira como uma "miragem e uma recompensa gratuita para Israel".
Em resposta a esta crítica, Abbas comentou que o seu encontro com Abdullah fazia parte da "comunicação permanente" entre as duas partes.
"A Jordânia e a Palestina são uma só. O interesse é o mesmo. As preocupações e as esperanças são as mesmas", justificou Abbas.
A divergência entre Shayeh e Abbas decorre do facto de o Presidente palestiniano liderar um autogoverno, com autoridade delimitada a pequenas áreas da Cisjordânia ocupada, onde a sua legitimidade foi colocada em causa nos últimos anos, por não haver eleições presidenciais ou parlamentares desde 2005 e 2006, respetivamente.
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