Roman Abramovich e os dois negociadores ucranianos que apresentaram sintomas de envenenamento consumiram apenas “chocolate e água” nas horas anteriores aos sintomas e o objetivo seria apenas assustá-los, uma vez que a dosagem de veneno utilizada não era suficiente para estes corressem perigo de vida, avança o site de investigação Bellingcat.
Recorde-se que o Wall Street Journal avançou esta segunda-feira que o magnata russo, que tem participado nas negociações entre Moscovo e Kyiv, e dois negociadores ucranianos sofreram sintomas de envenenamento, que terá ocorrido no início do mês.
Tanto Abramovich, como os outros dois negociadores, terão apresentado olhos vermelhos, lágrimas dolorosas e pele a descamar na cara e nas mãos. O site de investigação holandês Bellingcat, que ouviu especialistas, confirmou logo de seguida que os sintomas coincidem com "sintomas de envenenamento com armas químicas" e avançou agora novos detalhes, nomeadamente que a dosagem e a toxina utilizadas eram “insuficientes” para que as vítimas corressem risco de vida.
“Os especialistas disseram que a dosagem e o tipo de toxina usada provavelmente eram insuficientes para causar danos com risco de vida, e provavelmente tinham a intenção de assustar as vítimas, em vez de causar danos permanentes. As vítimas disseram que não sabiam quem poderia ter interesse num ataque”, escreveu o site de investigação no Twitter.
“Os três homens que apresentaram os sintomas consumiram apenas chocolate e água nas horas anteriores ao aparecimento dos sintomas. Um quarto membro da equipa que também os consumiu não apresentou sintomas”, indicaram.
The experts said the dosage and type of toxin used was likely insufficient to cause life-threatening damage, and most likely was intended to scare the victims as opposed to cause permanent damage. The victims said they were not aware of who might have had an interest in an attack
— Bellingcat (@bellingcat) March 28, 2022
A reunião em que Abramovich e os dois ucranianos terão sido envenenados ocorreu no dia 3 de março, na Ucrânia.
Sublinhe-se que, entretanto, uma fonte ouvida pela Sky News confirmou que o magnata russo se encontra “bem”.
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