A missão de direitos humanos da Organização das Nações Unidas deu a sua primeira estimativa sobre a situação catastrófica em Mariupol à Reuters, e contou que milhares de pessoas morreram nas últimas quatro semanas de bombardeamentos.
Os números oficiais da ONU dão conta de cerca de mais de mil mortos civis em toda a Ucrânia, mas sempre com a adenda de o número ser consideravelmente superior, devido às dificuldades em contabilizar mortos em zonas ocupadas ou cercadas.
Mas o autarca da cidade, Vadym Boichenko, contradisse os números da ONU, tal como esta estimativa da missão. Boichenko dá conta de quase cinco mil mortos, incluindo 210 crianças.
"Acreditamos que poderá haver milhares de mortes civis em Mariupol", confirmou a chefe da missão com cerca de 60 monitores, Matilda Bogner.
Na semana passada, as autoridades locais da cidade portuária, cercada pelos russos e alvo de intensos bombardeamentos, informaram que morreram 300 pessoas no teatro de Mariupol, atingido por bombas no dia 16 de março.
Boichenko também disse à Reuters que cerca de 90% dos edifícios da cidade foram danificados e cerca de 40% completamente destruídos, incluindo hospitais e escolas.
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