Os houthis desvalorizaram a proposta, alegando que esta não prevê a reabertura total dos portos do país.
A coligação planeou iniciar o cessar-fogo unilateral às 06h00 (03h00 em Lisboa), para facilitar as negociações com os houthi.
Em poucas horas, os houthis recusaram a proposta por esta manter o encerramento do aeroporto de Sana e restrições no acesso aos portos do país.
"Se o bloqueio não for levantado, a declaração da coligação de agressão para pôr termo às suas operações militares não terá qualquer significado porque o sofrimento dos iemenitas como resultado do bloqueio é mais severo do que a própria guerra", escreveu na rede social Twitter um responsável houthi, Mohammed al-Bukaiti.
O porta-voz da coligação liderada pela Arábia Saudita, o brigadeiro-general Turki al-Maliki, disse no final da terça-feira que "tomaria todas as medidas para que o cessar-fogo fosse bem sucedido (...) e criasse um ambiente positivo durante o mês sagrado do Ramadão, para garantir a paz e pôr fim à crise".
No entanto, o anúncio levantou dúvidas imediatas porque os rebeldes apoiados pelo Irão não marcaram presença numa cimeira na Arábia Saudita, convocada pelo Conselho de Cooperação do Golfo (GCC, em inglês), sediado na Arábia Saudita, por não se realizar em território neutro.
O GCC, que integra seis países (Bahrein, Kuwait, Omã, Qatar, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos), iniciou as negociações na terça-feira em Riade. A cimeira deve continuar até 07 de abril.
Ao longo dos últimos dois anos, outros cessar-fogos unilaterais anunciados pela coligação rapidamente se desfizeram.
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