Generais estarão a esconder de Putin "verdade desastrosa" sobre invasão
Altas patentes do Kremlin podem estar a mentir ao presidente russo por vergonha dos reveses que têm sofrido na Ucrânia.
© Sputnik/Aleksey Nikolskyi/Kremlin via REUTERS
Mundo Guerra na Ucrânia
Os generais russos podem estar a mentir ao presidente russo, Vladimir Putin, sobre os avanços (ou falta deles) que têm conseguido na Ucrânia. De acordo com o relatado pelo jornal britânico Mirror, que cita autoridades ocidentais, altas patentes do Kremlin estarão a "esconder a verdade desastrosa" da invasão russa na Ucrânia.
Apesar da lealdade ao chefe de Estado, os generais do Exército estarão envergonhados com a falta de sucesso na Ucrânia e com a verdadeira extensão dos desafios e reveses que as forças russas enfrentam.
Segundo o jornal britânico, uma autoridade ocidental acredita que o alto escalão do Kremlin está com medo de dizer a Putin o que realmente está a acontecer na Ucrânia para não ser criticado pelos seus fracassos.
“Mesmo se eles fossem capazes de influenciá-lo, estariam preparados para lhe contar a verdade sobre o progresso bastante desastroso desta investida?", apontou esta autoridade ocidental citada pelo jornal britânico.
O funcionário ocidental acredita que o presidente russo não estará a receber uma imagem honesta da dimensão do desastre e que os espiões russos calcularam mal o clima nacional ucraniano, não esperando por isso tamanha resistência.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.151 civis, incluindo 103 crianças. Foram também feridas 1.824 pessoas, entre as quais 133 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
Refira-se ainda que o número de baixas russas é incerto. A embaixada da Ucrânia em Washington, nos EUA, avança que 17.200 soldados russos foram mortos desde o início da invasão. As tropas russas perderam também 120 aeronaves, 129 helicópteros, 597 tanques e 1.710 veículos blindados foram destruídos.
Moscovo não confirma, no entanto, este número. A mais recente atualização, confirmada pelo Estado-Maior do Exército russo, dava conta de 1.351 soldados mortos e 3.825 feridos desde o início da "operação militar especial", como a Rússia lhe chama.
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