Esta medida insere-se numa longa série de expulsões de diplomatas russos por diversos Estados-membros da União Europeia (UE) e pelos Estado Unidos, no contexto da invasão russa da Ucrânia.
O embaixador da Federação da Rússia foi convocado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros eslovaco, onde lhe foi entregue uma nota anunciando "que a República eslovaca decidiu reduzir em 35 pessoas o pessoal da embaixada russa em Bratislava", indicou à agência noticiosa AFP o porta-voz da diplomacia eslovaca, Juraj Tomaga.
"Lamentamos que após as precedentes expulsões de diplomatas russos no decurso dos dois últimos anos, a missão diplomática russa nunca tenha demonstrado qualquer intenção de atuar corretamente na Eslováquia", acrescentou Tomaga.
O porta-voz fazia alusão a duas expulsões, dirigidas cada uma a três diplomatas russos, em agosto de 2020 e março de 2022.
Há dois anos, os 'media' eslovacos calcularam que 45 diplomatas russos estavam acreditados em Bratislava.
Na terça-feira, e numa ação coordenada, a Bélgica, Países Baixos, República Checa e Irlanda anunciaram a expulsão de dezenas de diplomatas russos suspeitos de espionagem.
Na sequência da invasão militar da Ucrânia, outros países, incluindo os Estados Unidos, a Polónia e os países bálticos tinham já decidido expulsar diplomatas acusados de serem agentes dos serviços de informações russos.
Em conformidade com uma longa tradição, Moscovo anunciou logo na terça-feira a expulsão de dez diplomatas dos Estados do Báltico (Estónia, Letónia e Lituânia), em represália pelas medidas similares contra os representantes de Moscovo.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.179 civis, incluindo 104 crianças, e feriu 1.860, entre os quais 134 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de quatro milhões para os países vizinhos.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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