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ONU não consegue contactar com alguns dos seus funcionários em Mariupol

Não tem sido possível contactar com "alguns" dos funcionários da Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

ONU não consegue contactar com alguns dos seus funcionários em Mariupol
Notícias ao Minuto

22:21 - 30/03/22 por Notícias ao Minuto

Mundo Guerra na Ucrânia

O Alto Comissário da Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), Filippo Grandi, revelou esta quarta-feira que não consegue contactar com alguns funcionários destacados na cidade portuária de Mariupol, sitiada há várias semanas pelas tropas russas.

“Alguns [funcionários] conseguiram fugir. Alguns estão lá e não conseguimos comunicar com eles neste momento. São meus colegas”, disse à CNN International. 

O responsável sublinhou a necessidade de um “compromisso firme” por parte da Rússia de que não haverá violação dos cessar-fogos durante a retirada de civis, acrescentando que os corredores humanitários são um processo “muito complexo” e “precisa” de tais “garantias”. “Caso contrário, não podemos fazê-lo”, afirmou.  

A cidade de Mariupol tem sido palco dos ataques mais agressivos das tropas russas, que já levaram a cabo bombardeamentos a um hospital pediátrico e, hoje, a um edifício da Cruz Vermelha, que se encontrava devidamente assinalado. A sua conquista é apontada como um dos principais objetivos da ofensiva militar, uma vez que permite ligar as regiões separatistas do Donbass à península da Crimeia, anexada em 2014 por Moscovo. Além disso, possui o maior porto da região do Mar de Azov e importantes fábricas do setor metalúrgico.

Assinala-se esta quarta-feira o 35.º dia desde o início da invasão russa. Segundo dados confirmados pela ONU, a ofensiva militar da Rússia na Ucrânia já matou pelo menos 1.189 civis, incluindo mais de 100 crianças, e feriu 1.901, entre os quais 142 crianças.

Registam-se ainda mais de 4 milhões de refugiados em países vizinhos e quase 6,5 milhões de deslocados internos.

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