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Ucranianos acusam russos de lançar bombas de fósforo em Marinka

As autoridades ucranianas acusaram hoje as forças russas de lançar bombas de fósforo durante o dia na pequena cidade de Marinka, localizada no leste da Ucrânia, tendo sido contabilizados cerca de 12 de incêndios.

Ucranianos acusam russos de lançar bombas de fósforo em Marinka
Notícias ao Minuto

23:55 - 30/03/22 por Lusa

Mundo Ucrânia

"Os russos voltaram a usar hoje bombas de fósforo em Marinka [cidade que tinha 10 mil habitantes antes do início da guerra]", alertou o chefe da administração militar da região de Donetsk, Pavel Kyrylenko.

De acordo com Pavel Kyrylenko, foram identificados "uma dúzia de incêndios" provocados pelos projéteis e controlados pelos funcionários do Serviço Nacional de Situações de Emergência.

As bombas de fósforo são armas incendiárias cujo uso é proibido contra civis, mas não contra alvos militares, segundo uma convenção assinada em 1980 em Genebra (Suíça).

Na passada sexta-feira, a Rússia negou qualquer violação do direito internacional depois de ter sido repetidamente acusada pela Ucrânia de ter usado bombas de fósforo na invasão.

"As cidades de Georgievka, Novokalinovo e Otcheretino também foram bombardeadas", observou Pavel Kyrylenko, sem adiantar mais pormenores sobre as armas utilizadas.

"Não há nenhuma vítima a lamentar, mas várias casas ficaram danificadas", acrescentou.

Também foi realizado um ataque aéreo na aldeia de Slobojanske (nordeste), provocando a morte de uma mulher e do seu filho menor, anunciou o gabinete de imprensa da procuradoria regional de Kharkiv.

Foram ainda disparados mísseis contra uma fábrica em Novomoskovsk e depósito de petróleo em Dnipro (leste), salientou o chefe da administração militar da região, Valentyn Reznichenko, segundo o qual não houve vítimas.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.189 civis, incluindo 108 crianças, e feriu 1.901, entre os quais 142 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4 milhões de refugiados em países vizinhos e quase 6,5 milhões de deslocados internos.

A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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