"Estamos extremamente preocupados, porque desde o ataque de janeiro o paradeiro de, pelo menos, 100 menores continua a ser desconhecido", afirmaram especialistas da ONU, em comunicado, admitindo que "podem existir desaparecimentos forçados".
Em 20 de janeiro, mais de 100 'jihadistas' do EI invadiram a prisão de Ghwayran, na região de Hassaké, com camiões bomba e armas pesadas, ao que se seguiram violentos confrontos ao longo de vários dias em redor e dentro desta prisão, atualmente controlada pelos extremistas.
Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), estariam na prisão cerca de 850 menores, alguns deles com menos de 12 anos, que terão sido feitos "reféns" e usados como "escudos humanos" pelos 'jihadistas'.
A UNICEF pediu proteção para os menores e sublinhou o "risco" de as crianças ficarem feridas ou serem recrutadas à força" pelo EI.
Na altura, Sara Kayyali, investigadora da Human Rights Watch (HRW), referiu que havia crianças presas, a maioria delas com idades entre os 12 e os 18 anos, e garantiu ter recebido uma mensagem de voz de um menor ferido em Ghwayran, que disse haver "cadáveres por toda a parte".
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