Questionado pelos jornalistas se está a levar em consideração o convite de ir a Kyiv, Francisco respondeu: "sim, está em cima da mesa" uma viagem à Ucrânia.
Tanto o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, como o autarca de Kyiv, Vitali Klitschko, convidaram o chefe da Igreja Católica a visitar o país para mostrar a sua proximidade com a população ucraniana, que está a sofrer numa guerra que o Papa tem criticado repetidamente.
Francisco e Zelensky conversaram, por telefone, em 22 de março, quando o Presidente ucraniano assegurou ao Papa que "é o convidado mais esperado no país".
O Papa disse a Zelensky que está "a rezar e a fazer todo o possível para acabar com a guerra, provocada após a invasão da Rússia".
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.276 civis, incluindo 115 crianças, e feriu 1.981, entre os quais 160 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4,1 milhões de refugiados em países vizinhos e cerca de 6,5 milhões de deslocados internos.
A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
O Papa chegou hoje ao arquipélago mediterrânico de Malta para uma visita de dois dias, informou a agência de notícias France-Presse (AFP).
Francisco embarcou no aeroporto de Fiumicino, em Roma, utilizando uma plataforma reservada a pessoas com mobilidade reduzida, segundo os jornalistas que o acompanhavam na viagem. O Papa, de 85 anos, sofre de ciática e de dores recorrentes na anca que o fazem coxear.
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