Ucrânia: MNE grego deve deslocar-se "muito em breve" a Odessa

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Grécia, Nikos Dendias, deverá deslocar-se "muito em breve" a Odessa, o principal porto ucraniano no Mar Negro bombardeado na manhã de hoje pelas forças russas, anunciou hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros grego.

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Lusa
03/04/2022 09:32 ‧ 03/04/2022 por Lusa

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Ucrânia

"O ministro deverá deslocar-se muito em breve a Odessa para levar ajuda humanitária, que será entregue às autoridades da cidade", e pretende discutir com os responsáveis locais "a criação de um mecanismo permanente de distribuição de ajuda humanitária", segundo o Ministério grego.

Dendias também se encontrará com membros da comunidade grega nesta cidade no sudoeste da Ucrânia e pretende reabrir o consulado grego na cidade.

O ministro grego anunciou em março a intenção de se deslocar a Mariupol (sudeste), que tem a maior comunidade grega do país, com ajuda humanitária.

Entretanto, devido à intensidade dos ataques das forças russas neste porto estratégico do Mar de Azov impediu essa viagem.

Uma série de explosões atingiu hoje pela manhã Odessa, o principal porto da Ucrânia no Mar Negro, no sudoeste do país, segundo os jornalistas da agência de notícias France-Presse (AFP) no local, mas não causou vítimas, segundo o exército ucraniano.

Após essas explosões, que ocorreram por volta das 06:00, horário local (04:00 em Lisboa), enormes colunas de fumo negra e chamas de uma área industrial eram visíveis, segundo as mesmas fontes.

Terá sido um ataque com mísseis, mas não causou vítimas, disse num comunicado à imprensa um oficial do comando regional do sul ucraniano, Vladislav Nazarov.

"Os nazis russos realizaram um ataque com mísseis, alguns dos quais foram derrubados pela defesa antiaérea ucraniana", disseram as autoridades de Odessa num comunicado.

Anton Gerashchenko, conselheiro do ministro de Assuntos Internos da Ucrânia, escreveu numa mensagem publicada na rede social Telegram: "Odessa foi atacada pelo ar. Incêndios foram relatados em algumas áreas. Parte dos mísseis foram derrubados pela defesa aérea. Recomenda-se fechem as janelas".

Esta cidade histórica ucraniana havia sido, até agora, relativamente poupada dos combates.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.325 civis, incluindo 120 crianças, e feriu 2.017, entre os quais 168 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4,1 milhões de refugiados em países vizinhos e cerca de 6,5 milhões de deslocados internos.

A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Ucrânia: Rússia oferece ajuda para retirada de estrangeiros em Mariupol

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