Primeiro-ministro húngaro apela à escolha entre "guerra e paz"

O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, apelou hoje ao voto nas eleições legislativas, classificando-as como "cruciais" para escolher entre a "guerra e a paz".

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Lusa
03/04/2022 11:08 ‧ 03/04/2022 por Lusa

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Hungria

O chefe do Governo da Hungria, que concorre a um novo mandato, garante que vai manter a estabilidade e acusa a oposição de querer envolver o país na guerra, ao mostrar-se solidário com o Presidente ucraniano, Volodímir Zelenski.

"É a guerra de dois grandes países. Não nos devemos envolver. Os nossos rivais não têm consciência da gravidade da situação e querem adotar medidas que envolvam o país na guerra. Isto seria trágico para a Hungria", afirmou Orbán, citado pela agência EFE, após votar numa assembleia em Budapeste.

Apesar de apoiar as sanções contra Moscovo, o governante recusa-se a disponibilizar armas à Ucrânia, proibindo mesmo que o material da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte), aliança da qual o país faz parte, passe pela Hungria para chegar a Kiev.

Cerca de 400.000 refugiados chegaram à Hungria durante as primeiras cinco semanas de guerra na Ucrânia.

Segundo as últimas sondagens, Viktor Orbán, de 58 anos, segue à frente com uma pequena vantagem nestas eleições.

Aproximadamente 8,2 milhões de húngaros são chamados hoje às assembleias de voto.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.325 civis, incluindo 120 crianças, e feriu 2.017, entre os quais 168 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4,1 milhões de refugiados em países vizinhos e cerca de 6,5 milhões de deslocados internos.

A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Ucrânia: Exército russo assume ataque à refinaria em Odessa

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